Escola Estadual de Ensino Fundamental, situada em Porto Alegre, onde não há especialistas em Educação Física até o quinto ano. O momento da educação física não era dirigido, privilegiando assim, a recreação e os esportes competitivos e obviamente, excluindo das ações os estudantes com pouco talento e habilidade no aspecto físico.
Público em torno de 5% com deficiência e três professores especialistas em AEE, um na educação física.
Na rede regular de ensino, trabalhei com diversos tipos de deficiências, participei de cursos de educação física inclusiva como vôlei sentado na Associação Brasileira de Voleibol Paraolímpico e fiz especialização em AEE, Sala de Recursos.
O primeiro desafio foi planejar atividades não exclusivas e sim cooperativas, oportunizando a competição de forma gradativa. De certa maneira a participação se restringia à habilidades desenvolvidas anteriormente, partindo de um olhar mais atento, planejando atividades que contemplem a diversidade, saindo do lugar comum de valorização do desempenho competitivo e acentuando o desenvolvimento individual e cooperativo.
O projeto tem o objetivo de mudança no olhar e ações dos professores, através de formação, oficinas continuadas e implantação de datas no calendário escolar dirigidas à educação inclusiva.
A formação tradicional é a barreira maior, e estamos atacando esta barreira com uma presença sistemática nos horários de educação física, levando sugestões e agindo em conjunto com os professores.
A participação dos seguimentos escolares não é contundente, porém a aceitação é boa. Acredito que todo projeto segue com êxito se for necessário por ele mesmo, assim vejo com otimismo seu crescimento.
O resultado imediato após a implementação do projeto é a escola ter referências quando surgem situações de inclusão, renovou o olhar, é sabedora de onde buscar auxílio, participa e acompanha o crescimento de toda a comunidade valorizando as diferenças.
Participante do projeto Portas abertas para a inclusão – 2013