Relatos iniciais do DIVERSA

Sou Livia Santos Malheiros, leciono na Escola Municipal Maria Aimê Bezerra de Souza, situada na Zona Norte do Municipio de Manaus, Amazonas. Trabalho com as series iniciais e também com alunos com diferentes deficiências. Considerada uma escola de médio porte, com aproximadamente 500 alunos matriculados, enfrentamos alguns desafios por atender um número considerável de alunos com deficiência.

Esse projeto ”Meu Copo na Escola”, foi criado em circunstância da grande quantidade de alunos que não traziam o seu copo e tomavam água na boca da torneira. Isso para todos nós, como profissionais da educação, se tornou um tipo de comportamento inadequado e que nos incomodava, pois uma instituição onde aceita esse tipo de comportamento e não faz nada, está sendo omissa com a educação e a falta de higiene de nossos educandos.

Partimos de um diagnóstico em que atendemos todos os tipos de alunos do ensino regular com deficiência auditiva, autistas, hiperativos, deficiência física, alunos com deficiência intelectual e até indígenas. Então, foi nesse momento que surgiu essa ideia da implantação desse projeto envolvendo toda a escola e sendo realizado nos dois turnos.

No primeiro momento, os alunos se encontraram surpresos com o novo projeto, pois o mesmo trabalhou muito a parte visual tanto com cartazes de alerta sobre o uso do copo, como também imagens de bocas com algum tipo de ferimento causado pela falta de higiene ou em decorrer da transmissão da doença através do uso de copo coletivo (usado em bebedouro).

Depois da parte visual, foram feitas mini-palestras, sala por sala, para explicar melhor o projeto e como funcionaria. Foram feitos acordos com as turmas e as que trouxessem copo todos os dias teriam uma premiaçao futura como: se todos os alunos troxessem copos ganhariam estrelinhas, a turma que tivesse mais estrelinhas participariam no primeiro momento de uma discoteca (Festa do copo), culminância sobre o copo para premiar o aluno que nunca esqueceu seu copo, passeata na rua e por último, um passeio fora do ambiente escolar (zoológico e parque da criança) de encerramento de final de ano. A fiscalização era feita em sala de aula, diariamente nos dois turnos, logo no três primeiros meses, depois foram feitos em dias alternados.

Vimos que o nosso projeto na escola surtiu um grande efeito, com mais de 90% dos alunos abraçando a nossa ideia e entendendo como é importante o cuidado com a higiene do corpo e da boca. O que mais nos chamou a atenção foi o compromisso dos alunos com vários tipos diferentes de deficiências e como eles levaram a sério o que foi trabalhado em nossa escola. Ficamos felizes pela conscientização de todos e sentimos que podemos contribuir de forma diferente para o sucesso de nosso projeto.

Livia Santos Malheiros – Projeto Meu Copo na Escola

Participante do Prêmio Educador Nota 10 – 2013

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