Covid-19: Recursos para aulas e formação a distância para educadores

Compilado de ferramentas, dicas e cursos gratuitos para auxiliar professores e familiares durante a quarentena

Seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para manter o distanciamento social durante a pandemia de COVID-19, muitas escolas tiveram suas aulas suspensas, para que estudantes, professores e funcionários do quadro escolar fiquem protegidos do vírus e contribuam para conter sua disseminação.

 

Sala de aula com carteiras vazias e quadro negro limpo. Fim da descrição.
Muitas escolas tiveram aulas suspensas durante a pandemia de COVID-19. / Foto: Ciete Silvério; Governo do Estado de SP

Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) lançou uma coalizão mundial para assegurar a educação a distância, contando com a participação das empresas Microsoft, Google e Facebook, que têm contribuído principalmente com recursos tecnológicos neste momento em que todos precisam estar distantes, mas conectados. 

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Muitas escolas também têm buscado alternativas para que seus professores continuem dando aulas e o conteúdo do ano letivo não fique atrasado. No entanto, não é só de aulas on-line que o período de quarentena deve se manter: para garantir o aprendizado e o desenvolvimento de alunas e alunos, separamos algumas dicas para adultos de ferramentas para auxiliar o ensino que podem ser aproveitadas em casa, além de materiais e cursos enriquecedores para a formação pedagógica de educadores

Explicando a COVID-19 às crianças 

Os mais jovens também estão sendo afetados pelo que está acontecendo. Portanto, é muito importante que eles entendam o contexto da pandemia e, acima de tudo, não se deixem levar pela ansiedade que a situação pode gerar. Para ajudar nesse quesito, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou 8 sugestões de como conversar com as crianças sobre o assunto. 

Além disso, as alunas e alunos também podem contribuir para a prevenção: o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Saúde produziram cartazes, com linguagem simples e elementos visuais ilustrativos, de orientações de como se prevenir contra o vírus. Os cartazes estão disponíveis para download e podem ser materiais de apoio para ensinar às crianças, e consequentemente suas famílias, a se protegerem.  

Fora a abordagem de saúde pública, o portal Nova Escola compartilhou ideias de atividades de ciências, língua portuguesa, matemática, história e geografia que também podem se utilizar do tema para que habilidades da Base nacional comum curricular (BNCC) sejam desenvolvidas durante as aulas.

 

Duas crianças usando óculos estão em frente a computador que mostra um mapa colorido por região. Uma delas está segurando o mouse. Fim da descrição.
É importante trabalhar a criatividade para manter a atenção dos alunos durante aulas on-line.

A família como aliada dos estudantes 

Da mesma forma que os educadores têm feito esforços nesse momento para garantir atividades aos estudantes, a família deve ser aliada dos estudos e da formação social das crianças em casa, durante a quarentena e fora dela. 

Pensando nisso, O GLOBO fez uma parceria com a autora Karen Acioly, também especialista em cultura da infância e projetos multidisciplinares, para montar o Guia de Atividades para Crianças em Casa, que tem ajudado os familiares a enfrentarem a quarentena com muita brincadeira, criatividade e por que não educação? 

Além disso, a organização Todos Pela Educação lançou a campanha #ConversarFazBem, para compartilhar uma série de perguntas que ajudam a iniciar diálogos, com o objetivo de estimular as conversas no dia a dia e reforçar e aprofundar vínculos entre pai, mãe, responsáveis e crianças e jovens.

Cursos livres para educadores

Para demonstrar apoio ao movimento de isolamento social e aumentar as possibilidades de aprendizado a distância, diversas instituições disponibilizaram cursos gratuitos, de curta duração, para realização no período de quarentena, o que garante uma ótima oportunidade de aprimorar conhecimentos no tempo livre. Confira:

Portas abertas para a inclusão: educação física inclusiva: O Instituto Rodrigo Mendes, em parceria com o Unicef, oferece uma formação continuada para professores, gestores escolares e técnicos de secretarias municipais de educação. O objetivo do curso, que é on-line, gratuito e autoinstrucional, é apoiar a promoção da inclusão escolar de estudantes com deficiência por meio da ressignificação da educação física e de práticas esportivas seguras.

Saiba mais sobre o Portas Abertas para a Inclusão:
+ Como a Educação Física pode se tornar mais inclusiva
+ Dicas para tornar inclusiva a educação física nas escolas
+ Conheça outras publicações do DIVERSA sobre o Portas Abertas

Matriz Curricular da Educação Infantil na Visão do Desenho Universal de Aprendizagem: Ainda sobre o tema educação inclusiva, o portal Apoio ao Professor, oferece um curso para saber organizar a matriz curricular a fim de eliminar barreiras de acesso à educação nas escolas.

 

Crianças jogam vôlei sentados na quadra. Ao centro, um menino em cadeira de rodas, se prepara para rebater a bola que chega até ele. Fim da descrição.
A educação inclusiva oferece oportunidades iguais para todos e estratégias diferentes para cada um, de modo que todos possam desenvolver seu potencial. Foto: Pat Albuquerque

Formação continuada em práticas de alfabetização: Disponível por meio do programa Tempo de Aprender, da Secretaria de Alfabetização (Sealf) e do Ministério da Educação (MEC), neste curso são apresentadas estratégias de ensino, atividades e avaliações formativas destinadas ao 1º e ao 2º ano do ensino fundamental baseadas em evidências científicas e de caráter prático, voltadas à sala de aula.

BNCC na prática – A BNCC nos anos finais do Ensino Fundamental: Sabendo do desafio que é a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em todas as escolas do território nacional, a FTD Educação desenvolveu o curso EAD para apoiar coordenadores e professores nessa tarefa; enquanto a Aliança Brasileira pela Educação liberou uma trilha de aprendizagem para potencializar o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas pela Base.

Teacherflix: A Pearson liberou por 60 dias a plataforma Teacherflix, que conta com dezenas de cursos para complementar a formação do educador, como Desenvolvimento e Aprendizagem na Infância, Plano de Aula para a Educação Infantil, Gestão de Tempo no Ensino fundamental e muitos outros, além de opções para se aperfeiçoar em dar aulas on-line, como o curso Vídeo na Educação On-line ou Design Thinking na Educação.

Cursos on-line da Nova Escola: Para auxiliar os professores diante dos desafios de manter o contato com os alunos nas aulas a distância, a associação Nova Escola liberou os cursos: “Como criar e usar vídeos na Educação”; “Brincadeiras cantadas na escola: Valorizando a tradição popular”; e “Rotina das crianças: momentos de higiene e alimentação”. Todos os conteúdos estão alinhados à BNCC

Como fazer uma videoaula: Basta fazer um cadastro no Impulsiona para ter acesso ao PDF gratuito com dicas de como fazer uma videoaula ou dar uma aula on-line, falando das principais estratégias para criação e compartilhamento de conteúdo digital. O material está de acordo com a nova BNCC, dentro das competências gerais da cultura digital e da autonomia e responsabilidade.

Salas de aula virtuais para educadores e estudantes

Algumas ferramentas gratuitas podem facilitar, e muito, o contato entre professores e estudantes. Veja abaixo alguns serviços disponíveis:

Google Classroom: é um aplicativo onde professores podem organizar e compartilhar materiais a distância. Alunas e alunos podem participar respondendo a perguntas de múltipla escolha ou de textos curtos. O Guia do Estudante ensina a usar e o próprio Google ainda disponibiliza dicas para as aulas e instruções sobre como usar serviços da empresa.

Microsoft Teams: comumente usado em reuniões profissionais, a plataforma está com acesso liberado para escolas credenciadas. Tornando possível a conexão em tempo real entre alunas, alunos e professores, o Teams é ideal para que estudantes possam tirar dúvidas e para que educadores possam fazer explicações da aula de maneira mais próxima, inclusive podendo compartilhar sua tela, como uma lousa digital. 

Ebooks gratuitos

Para garantir o lazer no tempo livre, ou até mesmo sugerir a leitura em aula, a liberação de livros digitais gratuitos é mais do que bem-vinda!

Amazon está com diversos livros digitais liberados; dentre eles, é possível encontrar obras dos mais variados gêneros, dos clássicos brasileiros aos internacionais, até HQs, mangás e comics.

Fundação Dorina Nowill para Cegos, que possui uma biblioteca virtual e dispõe de um acervo com opções gratuitas de livros acessíveis nos formatos falado, digital acessível e braile para impressão, adicionou recentemente à sua lista alguns dos livros infantis mais adorados pelas crianças, como Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, Peter Pan, entre outros.

 

A foto foca um livro com ilustrações de uma mulher e de uma menina. Uma criança, que aparece desfocada, segura o livro e olha para cima. Fim da descrição.
Sugerir obras em aula ou realizar a leitura de livros para crianças é uma das formas de garantir participação ativa dos estudantes. Foto: Fernando Frazão

Como garantir a inclusão na educação a distância

O estímulo ao desenvolvimento de habilidades e a valorização das competências individuais devem guiar a elaboração de qualquer plano de ensino. Por isso, é imprescindível que professores levem em consideração que todas e todos os estudantes precisam ter acesso ao currículo da disciplina, seja em aula presencial ou on-line, e isso implica em analisar o contexto da escola e dos alunos e do que eles podem ou não utilizar enquanto as aulas estão suspensas. 

Para garantir um entendimento mais completo do que é educação inclusiva e como colocar em prática, confira alguns dos conteúdos disponíveis sobre o assunto aqui no DIVERSA:
+ O que é educação inclusiva?
+ Como transformar a prática?
+ A criatividade que favorece a inclusão escolar

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