Uso de tecnologias digitais na educação básica e debate sobre inclusão

O uso de recursos educacionais digitais se tornou parte do cotidiano das escolas públicas brasileiras. Devido a assimetrias nas condições de acesso às tecnologias, seu maior risco atual é aprofundar a já existente exclusão digital, gerando prejuízos educacionais e sociais. Em um futuro pós-pandêmico, seria possível reconstruir as redes de ensino de maneira mais inovadora, promovendo uma profunda mudança cultural que utilize as tecnologias como ferramentas inclusivas de ensino?

Essa é uma das questões presentes no estudo “Tecnologias digitais aplicadas à educação inclusiva”, realizado pelo Instituto Rodrigo Mendes (IRM) em parceria com o Instituto Unibanco. Nele buscou-se investigar a oferta de recursos educacionais digitais no Brasil por diversos atores: poder público, empresas (big techs e startups), agências especializadas e organizações da sociedade civil.

O estudo identificou que, em escolas públicas de educação básica, as práticas pedagógicas mediadas por tecnologias trazem ganhos reais, mas em geral são incipientes e podem ser amplificadas. Há, ainda, uma escassez de soluções guiadas por premissas inclusivas desde a sua concepção, como recursos de acessibilidade incorporados e a valorização do processo individual de aprendizagem. A mudança dessa realidade encontra no Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) um caminho possível.


Este artigo completo foi publicado no Nexo Jornal, em 20/12/2021, e está disponível para leitura em https://bit.ly/3nKy98G.

Luiza Corrêa é coordenadora de advocacy do Instituto Rodrigo MendesSite externo. Possui mestrado e doutorado em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e é especialista em desenho instrucional pelo SENAC.

Karolyne Ferreira é pesquisadora assistente do Instituto Rodrigo Mendes. Bacharel e licenciada em Geografia e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP).

Gustavo Taniguti é pesquisador do Instituto Rodrigo Mendes. Possui mestrado e doutorado em sociologia, realizou estágios de pesquisa nos Estados Unidos e na França e foi professor do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG).

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