Sou professora há 16 anos, alguns desses atuando na Educação Infantil e outros nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Atualmente, leciono para uma sala de 4º ano com 26 alunos, onde um deles, com 12 anos, vindo do Centro Municipal de Atendimento Especializado – Profª Rosana de Lima (CEMAE) e que ainda está sendo avaliado com suspeita de dislexia. Não me foquei nisso, quis logo definir de onde partiria com esse aluno. Juntamente com minha coordenadora, verificamos que estava silábico-alfabético e decidimos que o melhor seria trabalhar conteúdos de Português e Matemática no nível de 2º ano e as demais disciplinas com os conteúdos de 4ºano flexibilizando-os e a avaliação seria feita analisando a sua evolução. Esse aluno evoluiu muito… Daquele garoto totalmente sem iniciativa, agora já se manifesta vez ou outra; só lia letra de forma maiúscula, agora já lê letra de forma maiúscula e minúscula misturadas e até letra cursiva; e o que é mais gratificante: poder ver sua integração com os outros alunos, os quais o acolhem com respeito e aceitação. Confesso que ainda fico bastante preocupada com esse aluno, pois não quero que perca em nenhum momento a oportunidade de estar aprendendo. Acredito que tomamos essas decisões porque a inclusão está aí e é sempre alvo de estudos e debates em nossa instituição, porém há muito que se aprimorar.