Relatos iniciais do DIVERSA

Na minha época de sala de aula – eu estou na escola há 10 anos – não tínhamos alunos de inclusão na escola. Acredito ter sido a época em que eles estavam nas escolas especiais. Depois disso, tinha na escola mas eu não acompanhava diretamente porque era no turno em que eu não trabalhava, mas me lembro de uma classe funcionando separada com os alunos. Aí assumi como diretora e nós começamos a pensar nisso – a gente desde sempre pensa nisso, mas nesse momento foi o momento em que mais pensei nisso porque tínhamos alunos de inclusão na escola e tínhamos também as ansiedades dos professores que iam trabalhar com esses alunos. Foi o momento em que eles foram efetivamente para as salas de aula.

Foi um processo de descobrimento. De muita busca de informação, de muitas tentativas de acerto. E a gente percebe no caso específico do Estudante A o desenvolvimento dele, o que ele fazia, como ele se portava, o que ele sabia e como ele conseguiu progredir, como hoje ele se comunica melhor e interage melhor com as outras pessoas.

Foi um momento em que os professores da rede começaram a participar de cursos, a trazer informações para nós, que surgiram nossos grupos de estudo de inclusão. A gente se viu diante de uma situação em que a gente tinha que estudar e continuar aprendendo sempre.

Foi uma experiência que nos mostrou que se as dificuldades existem, elas podem ser superadas e nos mostrou que a inclusão pode ser difícil, mas é possível e é algo fascinante.

JOELMA I. F. FLAMIA, DIRETORA

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