Material pedagógico acessível desenvolvido por educadores possibilita aprendizagem mais prazerosa e igualitária para todos os estudantes
Quando instigadas pela formação em educação inclusiva do Instituto Rodrigo Mendes a selecionar uma situação escolar desafiadora para trabalhar durante o curso, percebemos que enfrentávamos muitos desafios em sala de aula na EMEF Olegário Mariano, em São Paulo (SP). Os estudantes de hoje são convidados a fazer múltiplas descobertas com possibilidades antes jamais imaginadas. A vida fora da escola é atrativa e colorida, apresentando inúmeras oportunidades. Nesse contexto, tornar a experiência em sala de aula interessante é algo realmente desafiador, mas não impossível.
Idealização do Baú
Decidimos desenvolver um material pedagógico acessível que pudesse tornar as aulas de leitura e escrita mais interessantes, criando condições de aprendizagem e contribuindo para possibilidades de construção do conhecimento com os alunos de forma igualitária. Com o objetivo de tornar as aulas mais motivadoras e prazerosas, de forma que todos os alunos fossem convidados a participar ativamente de diversos meios de leitura e escrita, pensamos no “Baú para contação de histórias”.
Um baú já é um objeto que aguça a curiosidade e gera um certo fascínio, por estar associado a algum tipo de tesouro. Assim, imaginamos a confecção de uma caixa de madeira no formato de baú, a qual traria em seu interior uma placa com figuras e botões que ao serem acionados emitiriam sons. Usar uma placa de arduino possibilitou colocar 14 diferentes tipos de sons, que foram gravados em um cartão de memória, e ainda, poder realizar a troca dos áudios do cartão, de acordo com os temas a serem trabalhados.
Como o material foi utilizado na prática
Escolhemos uma turma de 3º ano e uma de 7º ano do ensino fundamental em 2018 para aplicar o projeto e desenvolvemos planos de aula com a utilização do material pedagógico acessível. As alunas e os alunos curtiram muito, pois além de estimular a criatividade, proporcionou momentos de interação e improvisação coletiva. Eles foram estimulados a fazer produção de textos e desenhos sobre as histórias.
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Nessas aulas diferenciadas, os alunos se sentiram parte do processo e ficaram mais interessados e atentos. Consideramos que as informações se tornaram mais rápidas e acessíveis, que os estudantes estão cada vez mais autônomos e conectados e que as novas tecnologias e mídias sociais estão revolucionando a forma de ensinar e aprender.
Os resultados que alcançamos
Por meio do projeto, percebemos que é preciso criar estratégias inovadoras de ensino para auxiliar no desenvolvimento de todos os estudantes. A atividade com o Baú para contação de histórias possibilitou não somente o uso de novas tecnologias, mas também inovar a forma tradicional de se trabalhar a reescrita, tanto no ciclo de alfabetização quanto no ciclo autoral.
Utilizando o material de forma adaptada à realidade de cada grupo, desenvolvemos diversas estratégias pedagógicas e concluímos que é possível o uso desse tipo de recurso em todos os ciclos.
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Esse tipo de iniciativa deve sim ser explorado em sala, sendo um importante incentivo à criatividade dos estudantes e um apoio pedagógico importante a professoras e professores, dando mais significado ao processo de ensino-aprendizado por meio de projetos diferentes e interdisciplinares e criando aulas mais dinâmicas e interativas.