Relatos iniciais do DIVERSA

A Escola Municipal Denizard Macedo, em Fortaleza, registra uma matrícula total de 828 alunos, nestes 26 são alunos com deficiência. 

Nessa unidade escolar tivemos o privilégio de desenvolvermos o projeto: Portas Abertas para a inclusão, direcionado inicialmente à família, porém conseguimos atingir também os alunos do ensino fundamental. O evento de encerramento contou com 100 participantes, entre eles, pais e alunos.

Diante da análise diagnóstica, percebemos que a nossa principal barreira era a falta da presença da família na escola. Nessa perspectiva, o foco da nossa atenção no desenvolvimento das atividades referentes a proposta do projeto foi estreitar a relação família e escola, através da educação física inclusiva. Durante os meses de setembro a novembro, desenvolvemos as estratégias para a execução do projeto.

O tema do projeto foi a interação da família e escola através da atividade física. E teve como objetivo oportunizar à família uma interação com a escola, propiciando vivenciar e reconhecer a importância da atividade física para a pessoa com deficiência.

Iniciamos o projeto nas aulas educação física, onde o tema foi teorizado em sala de aula, através de pesquisas, debates, leituras, confecção de cartazes, painéis e vivência de práticas esportivas direcionadas à pessoa com deficiência. Seguidamente, expomos os materiais produzidos pelos alunos acerca da temática.

Dando continuidade, convidamos as famílias para um momento na escola, onde aconteceram algumas atividades físicas como: capoeira e ginástica laboral, contamos também com a participação de atletas com deficiência no desenvolvimento das atividades. Foi surpreendente o envolvimento do público presente nas atividades.

Concluímos com apresentações, palestras e depoimentos de pessoas com deficiência que através de suas histórias de vida, deram exemplos de superação. Tivemos também, treinadores esportivos que expuseram suas conquistas, abrilhantaram nosso evento através de suas vivências. Entre eles, o campeão cearense de natação com deficiência visual, jogadores de basquete e atletismo em cadeira de rodas e jogador de tênis de mesa e seus respectivos treinadores. Ressaltamos que a participação e o envolvimento dos pais nos maravilharam. Através de depoimentos, conversas informais e relatos do que foi vivenciado, podemos perceber que a educação física inclusiva já começa a ter um novo olhar, um olhar de quem acredita que a pessoa com deficiência pode e deve superar as barreiras e limitações e a atividade física é uma porta para essa superação.

 

Participantes do projeto Portas Abertas para a inclusão – 2013

Regina Celly Costa de Albuquerque – Professora do Atendimento Educacional Especializado

Gélito Estevam da Rocha Carneiro – Professor de Educação Física

Deixe um comentário