A Escola Municipal Pedro Suruagy se localiza na periferia da cidade de Maceió (AL). A comunidade local é composta por pequenos comerciantes do bairro Tabuleiro do Martins, famoso na região por sua feira livre diária. Entre os quase 350 estudantes do ensino fundamental I que atendemos muitos são filhos de feirantes e trabalham carregando compras aos finais de semana. No período noturno, a unidade também oferta educação de jovens e adultos (EJA) para cerca de 60 pessoas.
O projeto teve como objetivo garantir que todas e todos pudessem enxergar e valorizar suas potencialidades e as de seus colegas. Os propósitos específicos da disciplina eram trabalhar o equilíbrio, a agilidade, a criatividade, a noção de espaço e de tempo e a coordenação motora dos estudantes por meio de exercícios físicos que os levassem a vivenciar situações de companheirismo, solidariedade e respeito às diferenças. Para isso, foram realizadas oficinas de confecção de brinquedos e jogos populares com 60 alunos das duas turmas (matutino e vespertino) do 1º ano. Seis deles possuem TEA.
Brincadeiras inclusivas
O “Valores da inclusão” foi iniciado com a aplicação de uma dinâmica. Após um alongamento inicial, o professor solicitou que as crianças desenhassem aquilo que mais gostavam nas aulas de educação física. Em suas representações, elas destacaram diversas atividades, como pular borda, usar bolas, brincar com o bambolê, jogar queimada etc. Em seguida, para introduzir o tema da inclusão de pessoas com deficiência, foi exibida a animação “Cuerdas”, que conta a história de um menino cadeirante e sua amiga.
Na aula seguinte, realizamos duas atividades sequenciadas. Na primeira, propomos um exercício de transposição de obstáculos no qual os estudantes deveriam pular barreiras formadas por uma corda elástica esticada entre cones. Depois, jogamos “bola ao alvo”, brincadeira em que uma bola é jogada, de diferentes alturas e distâncias, para acertar outra bola posicionada em cima de um cone.
Nessa atividade, verificamos a necessidade de flexibilizar as regras em virtude da dificuldade de uma das garotas com autismo. Decidiu-se que, inicialmente, ela poderia segurar a mão da professora e que, depois, ela contaria com o auxílio de um colega.
Confecção de brinquedos
Além da prática das brincadeiras, o “Valores da inclusão” também contou com oficinas de criação de brinquedos e manejo de objetos para promover o desenvolvimento da coordenação motora fina das crianças.
Além de estimular o movimento, essas atividades despertaram a criatividade, o espírito de trabalho em equipe e o prazer de se criar seu próprio brinquedo.
Projeto participante do curso Portas Abertas para a inclusão 2015 Site externo.