Ao assumir a sala de aula me deparei com quatro alunos surdos. Logo pensei: o que irei fazer para que eles aprendam? Pois não sei falar língua de sinais…Mas segui com meu pensamento em frente, tracei uma meta de ensino. Comecei a trabalhar atividades lúdicas e visuais, reorganizei minha rotina, adaptando a surdez e ouvintes.
As dificuldades encontradas foram recursos pedagógicos, como o curso de libras que não tive. Com isso, busquei parcerias ao CAS (Centro de Apoio ao Surdo), intérprete da sala, as professoras da sala de recursos e bons livros na deficiência surdez (exemplo é o livro Saberes e práticas da Inclusão). Passei a trabalhar de uma maneira mais visual, lúdica e prática, com recursos como a música e o teatro.
Assim, pude perceber um avanço na aprendizagem de toda a turma, a socialização, o respeito, a colaboração, os trabalhos em grupos e a alegria dos alunos emestar participando das aulas.
Pedi muita proteção a Deus, para que eu pudesse cada dia aprender melhor a lidar com essa situação e graças a Ele, pude superar.
No tocante ao atendimento educacional, sempre tive apoio, pois trabalhamos em parceria não somente à sala de recurso, como também a gestora que nos incentiva, aguça sempre nessa questão de estarmos trabalhando com a diversidade; junto com a coordenadora nos planejamentos, que é de suma importância estar trocando idéias, aprendendo uma com a outra, auxiliando sempre que for necessário. Em relação à família, tive dificuldades no início, mas com o tempo foram superadas.
Hoje sou uma profissional realizada, vejo que aprendi muito com eles, e que foi uma lição de vida e um prazer trabalhar com alunos surdos, eles têm muito a nos ensinar.
Simone Araujo da Costa