Meu relato baseia-se em uma experiência riquíssima em que vivo na escola onde leciono. A EMEB Maria Dimpina Lobo Duarte é uma escola municipal localizada na região Centro Oeste de Cuiabá, MT, há mais de 9 anos e com oportunidade de trabalhar a Educação Física inclusiva com diversas deficiências e ao mesmo tempo, com alunos sem deficiência. A escola possui no total de 10 alunos com deficiência, entre eles, 02 cadeirantes, 04 surdos, 02 com déficit de aprendizagem e 02 com Down, sem nenhuma ajuda tanto dos técnicos, como da equipe gestora da unidade escolar, pois as aulas de Educação Física são no contraturno. Foi então que, para tal desenvolvimento do projeto “Dança inclusiva”, tivemos de trabalhar em equipe e conciliar outras disciplinas, os Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADI) e equipe gestora durante o processo. O processo foi de grande valia e aproveitamento, pois a participação dos alunos e professores tiveram uma grande parcela de pontos positivos tanto na parte teórica, como na parte prática.
Nas montagens das coreografias, podemos vivenciar duas danças: uma regional (Siriri, a música Nandaia) e outra foi o carimbó (Carimbó do Pará). Antes da escolha dos ritmos a serem trabalhados, fizemos uma votação com os alunos para definição. A escolha das danças se deu pelo fato de tratar da consciência corporal e possuir movimentos menos complexos para alunos e, além disso, as músicas ressaltam partes do corpo onde os alunos já possuem uma vivência mais implícita, já a escolha da dança do Siriri, foi por fazer parte da nossa região.
O número de alunos envolvidos no projeto foram os dois 5° A/B do período matutino. As coreografias eram ensaiadas e montadas nas aulas de Artes e Educação Física duas vezes por semana. Todos os alunos gostavam de participar da dança e assim pude realmente trabalhar a inclusão de todos na aula.