Quando cheguei na Escola Clarisse Fecury, em 2009, tive uma estudante com deficiência intelectual. Ela tinha 12 anos, andava suja, não obedecia e muito menos respeitava os funcionários. Os colegas da escola não gostavam dela porque ela batia neles no intervalo e na saída da aula.
Minha turma era ótima e me ajudou a trabalhar com a aluna. No inicio, trabalhei somente o diálogo. Depois fui a envolvendo nos grupos, pedindo que ela me ajudasse, para que ela se sentisse útil e importante. Em dois meses ela já vinha limpa, eu fazia elogios, abraçava ela e fazia os colegas a elogiarem também. Ela participava das aulas, não batia mais nos colegas e já obedecia a todos na escola.
Ela demonstrou que era capaz de aprender e ajudar os colegas. Tive sorte porque recebemos o apoio da família, da equipe da escola com materiais e incentivo para a autoestima dos alunos com deficiência.
LUZIETE SILVA DE LIMA, PROFESSORA MULTIDISCIPLINAR