Trabalho na Educação Municipal a vinte e um anos, mas apenas dez anos como professora. No terceiro ano atuando como professora recebi uma classe de Educação Infantil que na época era o Jardim II com vinte e quatro alunos sendo uma aluna de inclusão. A referida aluna apresentava paralisia cerebral, o que comprometia a sua fala e seus movimentos, para andar necessitava do apoio de alguém, mas sua inteligência ficou preservada. Sua socialização sempre foi muito boa, os colegas a auxiliavam quando necessário e a tratavam com muito respeito. Na época recebi orientações dos profissionais do CEMAE – Centro Municipal de Atendimento Especializado "Professora Rosana de Lima" de que ela necessitava de apoio para os pés para diminuir o problema de babar, como proceder para que ela conseguisse realizar as atividades propostas em folha ou no caderno, entre outras. Quando realizava atividades extra classe, recebia o apoio dos funcionários da escola para a realização das mesmas, quando necessário sua mãe também estava sempre disposta a ajudar no que fosse preciso, nunca ela ficou de fora das atividades apesar da estrutura da escola não ser adequada, sempre tivemos uma relação muito gostosa, pois ela sempre foi uma criança muito alegre e participativa e adorava "tirar onda" dos colegas.