Desenvolvido pela organização responsável pela criação do DUA, centro apoia ecossistemas de tecnologia inclusiva nas escolas dos Estados Unidos
Iniciada há mais de 37 anos, a CAST é a organização de pesquisa e desenvolvimento educacional sem fins lucrativos que criou o Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) e as Diretrizes DUA, utilizados em todo o mundo para tornar o aprendizado mais inclusivo.
A missão da CAST é transformar a concepção e a prática da educação até que o aprendizado não tenha limites. Pensando nisso, a organização desenvolveu também o Centro de Tecnologia Inclusiva em Sistemas Educacionais (CITES, na sigla em inglês), em que o principal desafio é ajudar as escolas dos Estados Unidos da América (EUA) a criarem e sustentarem ecossistemas de tecnologia inclusiva.
A premissa é de que as instituições de ensino promovam um trabalho colaborativo intencional entre Tecnologia Educacional (EdTech), Tecnologia Assistiva (TA) e Tecnologia da Informação (TI) para beneficiar estudantes com e sem deficiência.
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O que é CITES?
O Centro de Tecnologia Inclusiva e Sistemas de Educação é liderado pela CAST e financiado pelo Departamento de Educação dos EUA. O objetivo do CITES é capacitar as escolas a manterem sistemas de tecnologia inclusiva que atendam a todos os estudantes, incluindo estudantes público-alvo da educação especial que utilizem tecnologia assistiva ou materiais pedagógicos acessíveis.
+ Conheça os materiais pedagógicos acessíveis
Para fazer esse trabalho, a CAST está criando e divulgando uma estrutura de práticas baseadas em evidências para melhorar o uso bem-sucedido da tecnologia por todas e todos os alunos: “Fornecemos assistência técnica às escolas, educadores e famílias para garantir que estudantes com deficiência usem as ferramentas tecnológicas de que precisam para promover aprendizagem e sucesso na vida.”, afirma Bill Wilmot,
especialista em implementação do DUA.
Estrutura do centro
O projeto, em andamento entre 2018 e 2023, possui uma estrutura de tecnologia educacional inclusiva desenvolvida a partir de um processo interativo de design thinking (pensamento de design, em português).
Essa configuração é baseada em pesquisas e entendimentos atuais obtidos de distritos escolares de todo o país norte-americano – nos Estados Unidos, os distritos escolares são responsáveis pela administração de todas as escolas públicas em determinado território. Assim, as regiões são divididas em “Distritos de Desenvolvimento de Conhecimento” e “Distritos de Desenvolvimento de Estrutura”.
Os “Distritos de Desenvolvimento do Conhecimento” servem de exemplo para uma ou mais áreas de implementação de tecnologia inclusiva. Dessa forma, o CITES testa e refina as práticas estruturais em colaboração e com os Distritos de Desenvolvimento da Estrutura, os quais fizeram um compromisso de longo prazo com o Centro para experimentar métodos baseados em evidências e fornecer comentários periódicos sobre o que funciona para construir um ecossistema de tecnologia inclusivo.
História de caso
Com intuito de usar um treinamento instrucional para criar experiências de aprendizado
personalizadas para os estudantes por meio do uso de tecnologias acessíveis e do Desenho Universal para Aprendizagem, o Distrito Escolar Independente de Brazosport, no Texas, Estados Unidos, contratou uma equipe colaborativa de líderes distritais para elaborar um planejamento.
O plano incorporou a voz do aluno e o seu desenvolvimento, além da entrega de experiências de aprendizado profissional e treinamento para educadores em um projeto de aprendizagem mais amplo, integrado ao uso de tecnologia instrucional e ao DUA.
Essa mudança liberou os especialistas em tecnologia assistiva para passar mais tempo trabalhando diretamente com os alunos e suas famílias, dedicando-se ao atendimento das necessidades de suportes específicas de TA.
De acordo com Bill, especialista em implementação do DUA, e Maggie Pickett, especialista em assistência técnica sênior da CAST, a ampla adoção de ferramentas de tecnologia inclusiva na sala de aula ajudou o Distrito Escolar Independente de Brazosport a ver melhorias para os estudantes com deficiência, porque as barreiras de acesso ao currículo diminuíram.