No Dia internacional das pessoas surdocegas, ativista fala sobre inclusão na educação

No dia 27 de junho, é comemorado o Dia internacional das pessoas surdocegas. A data foi escolhida por marcar o nascimento da escritora norte-americana Hellen Keller, primeira pessoa surdocega a conquistar um bacharelado no início do século XX.

No Brasil, uma das referências na luta pelos direitos das pessoas surdocegas é Claudia Sofia. Na presidência da Associação Brasileira de Surdocegos (ABRASC), Claudia endossa um movimento para garantir a esse público o acesso ao currículo, com qualidade, nas redes de ensino públicas e particulares. “Para atingir esse objetivo, temos formado instrutores-mediadores para acompanhar os estudantes com surdocegueira congênita e guias-intérpretes para os com surdocegueira adquirida, na sala de aula e fora dela, dependendo da necessidade”, conta.

Este vídeo conta com legendas em português.
A presidente da ABRASC é surdocega desde os 17 anos e, para se comunicar, usa o Tadoma. Nessa técnica, ela coloca a mão próxima à boca da pessoa com quem fala. Além deste método, ela também se comunica pelo alfabeto manual tátil, pela Língua brasileira de sinais (Libras) tátil e pelo braille.

Para ela, os desafios para a inclusão dos surdocegos na escola regular são muitos, mas cada vez mais as portas têm sido abertas. “Precisamos reconhecer e celebrar as conquistas e vitórias. Atualmente, há muitas crianças e adolescentes surdocegos nas escolas, jovens no ensino médio e nas universidades. Temos vários pedagogos, fisioterapeutas e outros profissionais formados”

Para Claudia, a luta é para que a sociedade reconheça as pessoas surdocegas enquanto sujeitos de direitos. “Nós somos capazes. Capazes de aprender, de estar no mundo, de sonhar. Queremos ser reconhecidos e incluídos. Essa é a nossa luta.”

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