Webinário apresenta iniciativas de acessibilidade no ensino remoto

Transmissão destacou ações de secretarias públicas para possibilitar acesso à informação por estudantes e familiares durante o ensino remoto

O primeiro debate da continuação da série “Educação inclusiva durante a pandemia”, promovida pelo DIVERSA e pelo Instituto Rodrigo Mendes (IRM), aconteceu na última quarta-feira, 05 de agosto.

Abordando o tema “Acessibilidade informacional durante a pandemia”, a transmissão contou com a participação de Cid Torquato, secretário Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, e Leonardo Yada, diretor do Centro de Planejamento e Integração de Sistemas (CPLIS) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), responsável pelo Centro de Mídias SP, além da mediação de Rodrigo Hübner Mendes, superintendente do IRM.

Confira na íntegra o vídeo do webinário “Acessibilidade informacional durante a pandemia”:

 

https://www.youtube.com/watch?v=bSrBWo__HVc

Saiba os principais temas abordados:

Selo de Acessibilidade Digital

Diante da grande quantidade de sites sem acessibilidade no Brasil, o secretário Cid Torquato destacou o selo municipal criado pela Prefeitura de São Paulo para certificar páginas web que cumprem os critérios estabelecidos pelas normas nacionais de acessibilidade. A ação é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) para incentivar a prática da inclusão na web.

De acordo com Torquato, o selo tem a intenção de ser nacional, alcançando o Brasil inteiro. Para isso, a secretaria trabalha em conjunto com o Ministério Público no sentido de fiscalizar quem não está cumprindo a lei.

Além dessa iniciativa, a SMPED realiza ações para auxiliar a estudantes, professores e familiares durante a quarentena. De acordo com Cid, a secretaria estuda a compra de até 400 mil tablets e pacote de dados e 4G para que estudantes da rede municipal tenham acesso aos conteúdos.

Ações da SEDUC

Já Leonardo Yada mencionou as iniciativas da SEDUC-SP para garantir o acesso ao aprendizado durante a pandemia. A primeira foi em relação ao acesso à internet. Foi realizada uma parceria com operadoras de telecomunicação para permitir o patrocínio de dados móveis durante a navegação pelos aplicativos necessários para as aulas.

A SEDUC também criou o Centro de Mídias SP, uma iniciativa para contribuir com a formação dos profissionais da Rede e ampliar a oferta de conteúdos aos alunos. Nesse espaço são encontrados conteúdos elaborados por especialistas e oferecidos por meio de tecnologias digitais.

As aulas são transmitidas a partir de estúdios de TV instalados na sede da Escola de Formação dos Profissionais da Educação (EFAPE) e podem ser acompanhadas, ao vivo, pelo portal do CMSP, e pelos aplicativos, e também pelo canal digital da TV Educação e TV Univesp.

“A ideia é chegar na maior quantidade de alunos possível aqui no Estado de São Paulo”, destaca Leonardo. Os conteúdos apresentados ficam disponíveis para consulta de alunos, responsáveis e profissionais da Rede, ampliando as possibilidades de ensino e aprendizagem, fomentando a cultura digital e permitindo maior conexão entre todos.

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Ensino híbrido na volta das aulas presenciais

Em relação ao retorno das aulas presenciais, Rodrigo relembrou uma das principais constatações da pesquisa “Protocolos sobre educação inclusiva durante a pandemia da covid-19”, realizada pelo IRM, sobre a importância de que a decisão em relação ao retorno das aulas presenciais preserve sobretudo o direito à educação.

Para isso, a SEDUC está se organizando para a existência de um modelo híbrido, uma vez que é esperado que nem todo mundo volte às aulas ao mesmo tempo. De acordo com Leonardo, haverá um modelo híbrido com aulas presenciais e também remotas. “Os alunos que eventualmente configurarem um grupo de risco continuam tendo acesso aos conteúdos pedagógicos das suas residências”, explica.

A SEDUC também está desenvolvendo, em parceria com a Secretaria da Saúde, um sistema de monitoramento de casos covid-19 nas escolas e diretorias de ensino. Leonardo explica que se trata de um procedimento para que as secretarias possam analisar, em conjunto, a melhor forma de atuação em situações de alunos com sintomas de covid-19.

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