Uma iniciativa Instituto Rodrigo Mendes

A escola precisa se preparar para os alunos com deficiência? 

Por um lado, a percepção de que a escola precisa estar pronta para depois receber estudantes com deficiência é equivocada. Por outro, algumas medidas importantes deveriam, sim, ser tomadas antes da chegada desses estudantes. 

A ideia de que a escola precisa estar preparada para receber pessoas com deficiência se baseia em uma expectativa ilusória de um saber pronto, capaz de prescrever como trabalhar com cada uma delas. No entanto, se o processo de aprendizagem de cada um é singular, o preparo do professor no contexto da educação inclusiva é o resultado da vivência e da interação cotidiana com cada um dos estudantes, com e sem deficiência, a partir de uma prática pedagógica dinâmica que reconhece e valoriza as diferenças. Não é, portanto, possível antever o que somente no dia a dia poderá ser revelado. 

Além disso, o acesso à escola é um direito incondicional garantido a qualquer pessoa. Recusar matrícula é crime. Não há como alegar “despreparo”. Por outro lado, é preciso levar em conta que o direito à educação abrange, além de acesso, participação efetiva, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades para o pleno desenvolvimento do potencial de qualquer estudante. Para isso, é preciso identificar e superar as barreiras existentes na escola. E algumas delas podem, sim, ser eliminadas previamente. Que providências poderiam favorecer a autonomia de alunos com deficiência física, auditiva, visual ou intelectual no ambiente da escola? Além de facilitar o processo de inclusão, a busca por respostas a essa única pergunta pode ser o primeiro – e mais importante – passo para a sua transformação efetiva em uma perspectiva inclusiva. 

 NÃO SE SENTE PREPARADO PARA INCLUIR ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA? 

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