Desde a publicação da Convenção, em 2006, e de sua aprovação com equivalência de emenda constitucional, em 2008, o Brasil tem passado por grandes transformações no que diz respeito à educação inclusiva. Como consequências diretas, nesse período o país construiu e aprovou um conjunto de leis bastante avançadas, fundamentais para a garantia do direito de todos à educação, e aumentou significativamente o número de matrículas de estudantes com deficiência na educação básica.
O número total dessas matrículas apresenta um crescimento de quase 70% nos últimos 10 anos, beirando atualmente 900.000 matrículas na educação básica brasileira. O percentual de matrículas em ambientes inclusivos atinge a expressiva marca de 80%, contrapondo um contexto oposto, ou seja, de predominância em escolas e classes especiais.
Ainda há desafios a serem superados. No entanto, os impactos da Convenção para a educação brasileira são inegáveis. Sua influência tem sido transformadora, desafiando a lógica excludente que rege os valores e o modo de organização da escola, das redes de ensino e da sociedade.