O termo Tecnologias Assistivas (TAs) diz respeito a toda e qualquer ferramenta de uso pessoal criada especificamente para compensar os impedimentos de uma pessoa e melhorar sua capacidade funcional. Trata-se do conjunto de produtos, serviços, técnicas, aparelhos e procedimentos que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover a inclusão e uma vivência autônoma. As TAs também auxiliam a mobilidade, a percepção e a utilização do meio ambiente e seus elementos.
Por meio de uma das principais estratégias de acessibilidade no contexto da educação: o Atendimento Educacional Especializado (AEE). O AEE busca garantir o pleno acesso e participação dos estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e altas habilidades/superdotação na escola regular.
Além do desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas e atividades diversificadas, as salas de Atendimento Educacional Especializado promovem o uso e até mesmo a criação de recursos de Tecnologia Assistiva, a fim de eliminar barreiras no processo de ensino-aprendizagem de forma articulada com toda a equipe escolar, a família e outros.
As possibilidades de TAs vão desde iniciativas simples, como o velcro que prende o livro ou o tablet à mesa para que não deslize com os movimentos involuntários do estudante, até o desenvolvimento de recursos sofisticados de tecnologia, como um software leitor de tela para viabilizar o acesso ao computador.
Os princípios da educação inclusiva fundamentam as premissas para a construção de Tecnologias Assistivas na escola. Se toda pessoa aprende e tem direito à educação, não pode haver conformismo com resultados pouco satisfatórios na aprendizagem dos estudantes com deficiência. Logo, a busca pela equiparação de oportunidades, as expectativas baseadas no potencial desses alunos e a identificação das barreiras devem ser o referencial para o desenvolvimento de TAs na escola.
Considerando que o processo de aprendizagem de cada pessoa é singular, as Tecnologias Assistivas devem ser escolhidas ou construídas a partir das necessidades específicas de cada estudante para a eliminação dessas barreiras e a maximização da participação e da aprendizagem. O diagnóstico, portanto, não é subsídio suficiente. É preciso conhecer profundamente cada um dos alunos para além da deficiência, como pessoas que são, a fim de reconhecer aspectos que precisam ser compensados por meio de recursos e serviços capazes de proporcionar ou ampliar suas habilidades funcionais.
ENTENDA POR QUE O OLHAR DA ESCOLA DEVE IR ALÉM DO DIAGNÓSTICO
Um exemplo dessa criação em equipe aconteceu em São Bernardo do Campo (SP), na Escola Helena Zanfelici. Lá, a Izabelly, que tem paralisia cerebral, conta com diversas TAs dentro da sala, como um colchão feito de pequenas bolas de isopor para que possa descansar da cadeira de rodas, um “cantinho” com tilt, para que ela possa ficar na mesma altura das outras crianças em atividades em que todos se sentam no chão, próteses, jogos adaptados, entre outros. Saiba mais.
As Tecnologias Assistivas (TAs) atuam como um importante complemento ao Desenho Universal. Enquanto o Desenho Universal tem como objetivo oferecer uma solução abrangente, que atenda a todos, a TA visa criar uma solução específica para atender as particularidades de um indivíduo.
Os exemplos abaixo podem facilitar a compreensão desses conceitos:
Desenho Universal
Tecnologia Assistiva