Desde que o Instituto Rodrigo Mendes aprofundou seus esforços no campo da pesquisa e da produção de conhecimento sobre educação inclusiva, cinco princípios têm sido adotados para a identificação e investigação de práticas exemplares, para a estruturação de conteúdos formativos e para o desenvolvimento de ações de advocacy.
Todos devem exercer seu direito de estudar na escola inclusiva e, quando necessário, receber atendimento especializado complementar, de acordo com suas especificidades. Esse direito está em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e outras convenções compartilhadas pelos países-membros da ONU.
Sejam quais forem as particularidades intelectuais, sensoriais e físicas do estudante, partimos da premissa de que todos têm potencial de aprender e ensinar. É papel da comunidade escolar desenvolver estratégias pedagógicas diversificadas que favoreçam a criação de vínculos afetivos, relações de troca e a construção de conhecimento.
As necessidades educacionais e o desenvolvimento de cada estudante são únicos. Modelos de ensino que pressupõem homogeneidade no processo de aprendizagem e sustentam padrões inflexíveis de avaliação geram, inevitavelmente, exclusão.
Acreditamos que a experiência de interação entre pessoas diferentes é fundamental para o pleno desenvolvimento de qualquer um. O ambiente heterogêneo favorece a aquisição de competências, amplia a percepção dos estudantes sobre pluralidade e estimula a coletividade.
A diversidade é uma característica inerente a qualquer ser humano. É abrangente, complexa e irredutível. Acreditamos, portanto, que a educação inclusiva, orientada pelo direito à igualdade e pelo respeito às diferenças, deve considerar não somente as pessoas tradicionalmente excluídas, mas todos os estudantes, educadores, famílias, gestores escolares, gestores públicos, parceiros etc.
O DIVERSA adota um amplo conceito de diversidade humana para pensar a educação inclusiva. Nosso foco tem sido as pessoas com deficiência, tendo em vista que foram historicamente privadas da participação nas redes de ensino. Acreditamos que o apoio ao atendimento desses estudantes na escola inclusiva colabora para que a consciência sobre o anacronismo do modelo educacional predominante venha à tona e deixe de ser disfarçada ou adiada.