Minha formação é em Libras e AEE. Tenho um aluno que têm surdez moderada. Com aparelho escuta, mas se tirar não escuta. Esse aluno demonstra nitidamente que é independente em algumas ações em sala de aula, desenvolve atividades e quando não consegue pergunta, refaz, faz novamente até conseguir. Quando não entende algumas palavras, pergunta o significado. Levando em conta que Libras é sua primeira língua, é muito esperto.
Porém, alguns professores, devido à sua esperteza, não acreditam e ignoram sua deficiência, levando os outros colegas a terem a mesma opinião. Essa situação deixa o aluno surdo desmotivado. A pessoa que exerce a função de professor na educação especial precisa acolher esse aluno e não deixá-lo perder a vontade. Quando isso ocorre, leva dias para que ele volte ao normal.
Quando questionados, esses professores chegam a dizer que o aluno não parece ter deficiência auditiva, que ele apenas é “manhoso”. Alguns fazem ditado durante a aula e ele não acompanha, precisando de ajuda para não se perder. Os professores não trazem nenhuma atividade diferenciada e, apesar de seus esforços, o tratam como um aluno preguiçoso.
A coordenação escolar orienta, traz informativos, cursos, textos e explica. Mesmo assim, está longe de aceitarem a realidade que vivemos. Esse aluno tem laudo na rede e o governo o vê como público-alvo da educação especial, dando direito de interlocutor/intérprete. Diante disso, como este profissional deve agir com esses professores e dar maiores direitos ao aluno?