DIVERSA lança novas seções sobre educação inclusiva e materiais acessíveis

O portal DIVERSA se prepara para colocar no ar duas novas seções. Uma detalha os principais assuntos e conceitos ligados à educação inclusiva. A outra mostra formas de construir e usar materiais pedagógicos acessíveis de baixo custo. Ambas serão lançadas no dia 24 de novembro, durante o seminário Colaboramérica 2017.

Reprodução de parte do sistema solar feita com engrenagem de um relógio de ponteiros é um dos materiais pedagógicos acessíveis a ser destacado em nova seção.

“A ideia é responder: o que é importante considerar para promover a educação inclusiva? De que forma posso construir um material que contemple a diversidade e as particularidades dos alunos com deficiência na sala de aula? E quanto tudo isso pode gerar benefícios para a aprendizagem das crianças e para a criação de uma escola melhor para todo mundo?”, explica Aline Santos, coordenadora do projeto DIVERSA.

O que é educação inclusiva?

O espaço virtual Educação inclusiva trará respostas pontuais a mais de 40 perguntas sobre temas e conceitos relacionados a essa forma de ensino. Na nova seção, os usuários terão acesso a conteúdos sobre paradigmas históricos, público-alvo, questões de acessibilidade e marcos legais relacionados ao modelo inclusivo.

Segundo Aline, a estrutura do ambiente engloba três eixos: “o que é educação inclusiva“; “por onde começar” e “como transformar” a educação inclusiva. “O primeiro define o universo do tema sobre o qual estamos falando. O segundo aborda conceitos estruturantes relacionados ao assunto, além dos direitos para pensar e garantir acesso ao ensino inclusivo. O terceiro traz reflexões sobre a necessidade da criação de políticas públicas e de se repensar a gestão e o planejamento pedagógico da escola e o estabelecimento de parcerias com a comunidade”, diz a coordenadora.

Materiais pedagógicos acessíveis

Já a seção sobre materiais pedagógicos acessíveis funcionará como um acervo virtual contendo moldes, tutorias escritos e registros em vídeos que permitem construir e trabalhar recursos de ensino relacionados ao desenho universal para aprendizagem (DUA). Tal conceito parte de três princípios:

• As múltiplas formas de apresentar um tema de estudos;
• As várias maneiras de pessoas diferentes interagirem com esses conteúdos e se expressarem sobre eles;
• As diversas formas de engajamento e motivação dos alunos no ambiente escolar.

“O desenho universal não é pensando só para a pessoa com deficiência, mas sim para todas. As rampas são um exemplo: todos nós conseguimos usá-las, não só os cadeirantes. Nesse sentido, os materiais que estarão na nova seção foram produzidos pensando em mais de uma forma de os diferentes estudantes interagirem com eles”, diz Maria Antônia Goulart. Ela é integrante do eLABorando, laboratório de estudo, pesquisa e produção na área de educação e cultura inclusiva, parceiro do Instituto Rodrigo Mendes (IRM) no desenvolvimento e lançamento dos materiais.

Os recursos pedagógicos acessíveis a serem apresentados no acervo emitem som, luz e podem ser facilmente manipulados pelos alunos, exigindo e estimulando os seus sentidos. O objetivo é que educadores do Brasil desenvolvam e repliquem os materiais para ensinar crianças, jovens e adultos com e sem deficiência nas salas de aula comuns.

Hackathons para testar recursos

Uma das estratégias para ampliar os recursos que estarão no acervo virtual é a realização de hackathons, maratonas de tecnologia em diferentes regiões do país. “Ou seja, em locais com desafios e realidades distintas”, pontua Aline. Os encontros serão promovidos pelo DIVERSA em parceria com o eLABorando. Neste ano, ocorrerão em cidades como Manaus (AM), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ).

Os participantes serão divididos em grupos. Cada um contará com um profissional que entenda de tecnologia e outro com conhecimentos sobre acessibilidade e inclusão. Na primeira fase dos trabalhos, é proposta uma reflexão sobre as barreiras de alunos com e sem deficiência no cotidiano da sala de aula e sobre a relação disso com o DUA. Na segunda, os participantes mapeiam as dificuldades dos professores nesse contexto.

O terceiro momento é marcado pela definição do desafio que deverá ser solucionado com a criação de protótipos pedagógicos acessíveis. As quarta e quinta partes abrem espaço para a experimentação do que foi criado e para a explicação dos objetivos dos materiais. Por fim, os docentes participantes devem usar, nas suas aulas, os recursos avaliados. A ideia é que eles também registrem essa experiência por meio de fotos e vídeos.

Acompanhe os hackathons!

26 de outubro: hackathon em Manaus, durante a 1ª Semana de arte ciência e tecnologia (Senacite 2017) da UFAM.

07 de novembro: hackathon em Curitiba, durante o 2º Encontro estadual de tecnologias educacionais: inovação e criatividade na educação paranaense.

24 de novembro: hackaton e lançamento das novas seções do DIVERSA no Rio de Janeiro, durante o Colaboramérica 2017.

25 de novembro: Desafio tecnológico no Rio de Janeiro, durante o seminário Amplifica Rio 2017.

Deixe um comentário