Relatos iniciais do DIVERSA

Nesse ano de 2013, tivemos a oportunidade de participar do Projeto Portas Abertas para Inclusão, vivenciando aulas de Educação Física inclusiva, nas quais foram enriquecidas pelo envolvimento da professora do AEE, da professora de Educação Física e da Coordenadora, conseguindo no decorrer do projeto, a participação dos demais professores, alunos, funcionários e o apoio da gestão.

A escola Padre Felice Pistone adota a proposta Educação Inclusiva e tem buscado desde o ano de sua fundação em 1999, investir na melhoria da sua acessibilidade arquitetônica e atitudinal. Recebendo, desde o ano 2001, alunos com deficiência e transtorno globais do desenvolvimento.

Atualmente, temos alunos com deficiência intelectual, deficiência física, deficiência múltipla, deficiência auditiva, Paralisia Cerebral, Síndrome de Silver Russel, Síndrome de Down, Síndrome de Kabuki e Transtornos Globais do Desenvolvimento.

Durante o desenvolvimento do nosso projeto, tivemos dificuldade em relação a questão para conciliar os atendimentos do AEE, mas conseguimos, devido a grande importância de colocá-lo em prática e começarmos.

Nossas atividades tinham como objetivo: fazer com que os alunos sem nenhuma deficiência física, participassem de atividades esportivas adaptadas, por exemplo: em cadeiras de rodas ou olhos vendados, para que eles pudessem experienciar as dificuldades que os referidos estudantes com deficiência passam no seu dia-a-dia e ao mesmo tempo, sensibilizá-los para uma melhor relação com as pessoas com essas e tantas outras deficiências, conscientizando-os, que as pessoas com deficiência também têm suas potencialidades, suas qualidades, são pessoas com sentimentos, necessidades e sonhos como as demais.

Utilizamos cadeiras de rodas para realizar as atividades esportivas adaptadas, cedidas pelo projeto da Pastoral da Saúde, da Capela Sagrada Família, onde os alunos que se propuseram a participar das atividades, mostraram bastante desempenho e interesse pelas atividades propostas. 

No mês de setembro, mês da inclusão, foi confeccionado um painel da inclusão.

Realizamos a gincana cooperativa e inclusiva, onde na oportunidade houve a participação dos alunos do vespertino, do 2º ao 5º ano, com tarefas artísticas e culturais, mural com frase de inclusão, pintura e colagem.

Realizamos também uma peça com a participação de alunos, professores e coordenador, com o tema: uma Joaninha diferente e uma dança, com a música: você é especial, de Aline Barros, com todos os alunos, incluindo os alunos com deficiência. Essas atividades foram feitas com o intuito de sensibilizar toda a comunidade escolar, contribuindo para que eles tenham um olhar diferente para os alunos com deficiência.

A turma que contribuiu para realização do projeto foi o 5ºA matutino. Nosso foco maior foi realizar atividades para alunos cadeirantes, já que temos uma aluna com essa deficiência. Conseguimos realizar esportes adaptados de atletismo: corridas com cadeira de rodas, basquete, handebol e voleibol. Realizamos também algumas dinâmicas de acessibilidade e outras com olhos vendados. Tivemos rodas de conversas, em que houve o feedback com relação à aprendizagem e dúvidas dos alunos.

Não restam dúvidas de que este projeto contribuiu e muito para a nossa prática escolar e cotidiana. Algo muito válido, foi a parceria nas aulas de Educação Física com a professora do AEE, pois o nosso compartilhar de conhecimento, só somou para que as vivências realizadas contribuíssem para a vida dos nossos educandos.

Nossa sociedade vem passando por mudanças, apesar de lentamente, no entanto, sabemos das dificuldades encontradas na quebra de paradigmas enraizados durante anos. Estamos dando aos alunos sem deficiências, oportunidade de se tornarem adultos bem melhores, com menos preconceitos e mais humanos, pois para eles conviverem com as diferenças é algo natural.

Concluímos que esse projeto veio ao encontro das nossas expectativas e que o mesmo possibilitou a acessibilidade atitudinal em nossa escola e em nossos alunos, conquistamos mais multiplicadores no processo da inclusão, pois somente quem se entrega e convive, aprende a ver as pessoas com deficiência, além das aparências e limitações, passando a reconhecê-las como dotadas de potencialidades e habilidades.

 

Esse relatório foi realizado pelas professoras de educação: Rita Maria e professora do AEE: Vivian Salmito

Participante doprojeto Portas abertas para a inclusão – 2013

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